segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Curso de arbitro de Goalball

Pessoal,

Acabo de receber do Prof. Artur Squarisi, coordenador nacional de Goalball da CBDV, informações do curso de Arbitro de Goalball que ocorrerá de 28 à 30 de agosto de 2011 no Clube Espéria (Av. Santos Dumont, 1313, Santana, São Paulo, SP), iniciando 08h00.
O Curso é GRATUITO, com certificado de 40h, e podendo sair do curso como Arbitro Regional de Goalball.
A inscrição é SOMENTE por e-mail, danielvoltan@cbdv.org.br


Bom curso a todos!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Campeonato Regional Sudeste de Futebol de 5 - CONVITE

Caros Colegas,

Gostaria de propor um convite:

De 28 à 31 de julho será disputado o Campeonato Regional Sudeste de Futebol de 5 (Futsal de Cegos) em Sampa...
Ótima oportunidade de vivenciar uma modalidade desportiva para cegos e conhecer muitas realidades diferentes sobre os participantes desse esporte.
Os jogos serão realizados das 9h00 às 18h00 nos dias 28, 29 e 30 (quinta, sexta e sábado) e domingo as finais serão no período da manhã.
Segue o endereço: é só seguir sentido Ayrton Senna e depois do Corinthians manter bem à direita que chega muito rápido....
Ginásio Presidente Ciro I
Capacidade de Público: 1200 pessoas
Tamanho da Quadra: 36m X 18m
Endereço: Av. Cond. Elizabeth Robiano, 5120 - Penha - São Paulo - SP
Estacionamento: Terceirizado
Como chegar: Marginal direita ao Rio Tietê, 800m após o Corinthians
Lanchonete: Possui uma, no local
Vestiário: Possui
Propriedade: Federação Paulista de Futebol de Salão
Data de Fundação: 1985

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mais novo funcionário SMPED

Queridos amigos,

Sei que desapareci por esse longo período, mas gostaria de dividir com vocês algo de muita felicidades, no dia de "mesversário" de 1 ano e 6 meses do meu Goducho, recebo a notícia de que fui nomeado para a coordenação de esportes da SMPED:

TÍTULO DE NOMEAÇÃO 316, DE 18 DE JULHO DE 2011

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, usando

das atribuições que lhe são conferidas por lei,

RESOLVE:

NOMEAR (...)

20- MATEUS BAPTISTA DO NASCIMENTO, RG 29676507-SSP/

SP, para exercer o cargo de Assistente Técnico II, Ref. DAS-

11, da Comissão Permanente de Acessibilidade, da Secretaria

Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida,

constante da Lei 14.659/07.

Quero agradecer em especial a Lica, por confiar em mim a indicação.

Valeu turma!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Kitesurf para Lesados Medulares?

Você já ouviu falar de Kitesurf?
Para responder a essa pergunta eu fui direto na fonte. Um grande amigo meu, André Yamin, que é velejador de Wind e Kitesurf, além de dar aulas de ambas e nos explica um pouco sobre o esporte:


"O Kitesurf (ou Kiteboarding) é o esporte aquático que mais cresceu na última década. O nome vem da junção da palavra kite (pipa em inglês) com a palavra surf. O nome diz muito sobre o que é o esporte: a idéia é utilizar uma pipa para impulsionar um velejador (sim velejador) sobre uma prancha que, inicialmente era muito parecida com a prancha de surf.
O esporte foi desenvolvido e patenteado por dois irmãos franceses Bruno e Dominique Legaignoux na década de 80, mas só em meados da década de 90 é que ele se popularizou. Atualmente é um dos esportes a vela mais praticados no mundo, além de ser o atual detentor do recorde mundial de velocidade 55,56 nós (aprox. 103km/h).
No Brasil o Kitesurf tem crescido muito, principalmente nas praias do nordeste, onde há ventos constantes e clima perfeito. Os atletas brasileiros de kitesurf são mundialmente reconhecidos e tem obtido diversos títulos em nível mundial.
Guilly Brandão, por exemplo, é o atual campeão mundial de kitesurf nas ondas."

E recentemente, o André me mandou uma matéria sobre Kite para lesados medulares, é isso mesmo, a galera paraplégica velejando por ai.
A prancha é desenhada especialmente para que se consiga velejar sentado e com ajustes, dependendo apenas da força dos braços.


Essa prancha foi desenvolvida pelo designer israelita Amir Etay.


Bem, é isso ai galera. A idéia foi lançada, quem será o primeiro a se aventurar no Kitesurf adaptado no Brasil?

REFERÊNCIA E AGRADECIMENTO

terça-feira, 8 de março de 2011

Seja bem vinda CBDV

Salve salve Turma!

Vamos dar boas vindas a nova responsável pelos atletas e esportes no Brasil para pessoas com Deficiência Visual, a CBDV(Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais).
Mas antes de continuar, vamos tentar resumir um pouco do que era antes e o porque do surgimento dessa nova Confederação.
Anteriormente os atletas com deficiência visual e o esporte aos mesmo era responsabilidade da CBDC (Confederação Brasileira de Desportos pra Cegos), que era vinculada pela IBSA (International Blind Sport Federetion).
De 28 de julho a 08 de agosto de 2007 ocorreram os III Jogos Mundiais da IBSA em São Paulo e São Caetano.
O evento contou com 7 modalidades esportivas: judô, atletismo, natação, goalball, powerlifting, futebol de 5 (B1) e futebol de Baixa Visão (B2/B3). Estiveram presentes os melhores atletas do mundos e as principais equipes, dentre os 64 países e os quase 1600 presentes (atletas e delegação), que ainda buscavam as vagas para a Paraolimpiadas de Beijing 2008. Com todos esse números e importância do eventos não tinha como não ser o maior evento da cidade de São Paulo no ano, e considerado o maior e melhor evento desportivo para deficientes visuais já realizado até o presente momento.
Para a execução desse grandioso evento foi preciso de dinheiro, e com isso a CBDC contou (ou deveria contar) com o apoio e patrocínio do Ministério do Esporte, Comitê Paraolímpico Brasileiro, Secretaria de Estado de Esportes e Lazer de São Paulo, Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo, Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, São Paulo Turismo e a Prefeitura Municipal da cidade de São Caetano do Sul através do Departamento de Esporte e Turismo - Detur, da Rede Record de Televisão e Instituto Ressoar e SSTUDIO Marketing. Porém, alguns fatores geraram problemas de verba, um deles é esse trecho citado abaixo, retirado de uma carta enviada pelo Presidente da CBDC, David Farias Costa:
"(...) o que ocorreu pelo fato de não ter recebido os apoios necessários para a realização dos Jogos Mundiais da IBSA, ficando assim com uma dívida de aproximadamente R$1,5 milhão (um milhão e meio de reais) (...)"
Com o tempo, e sem conseguir resolver os problemas financeiros, a CBDC ficou impossibilitada de receber recursos públicos e consequentemente de executar o calendário esportivo. Nesse momento o CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) assume a responsabilidade dos atletas de modalidades paraolímpicas que antes eram de responsabilidade da CBDC. Durante esse período estudou-se a criação da nova confederação para assumir esses atletas e modalidades, além dos esportes não paraolímpicos.
Surgi então em Fevereiro de 2011 a CBDV, que já esta filiada ao CPB e a IBSA.
A CBDV esta localizada no Rio de Janeiro - RJ, na Av. Rio Branco, 120, no centro, e seu presidente é Sandro Laina.
Algumas formas de saber mais da CBDV são:
E-mail: cbdv@cbdv.org.br

Referência:
Texto Revisado por Jonas Freire - CPB

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Paraolimpíadas e Olimpíadas Especiais são a mesma coisa?

Toda vez que assisto o filme "Murderball: Paixão e Glória", que conta a história de um time de Rugby em cadeira de rodas e de alguns de seus atletas, não sei se dou risada ou se fico abismado nesse trecho:
"Fui ao casamento, e a tia da minha garota apareceu e disse: Scotty, sou fulana. Soube que você vai para as Olimpíadas Especiais... De repente, passei de um cara no casamento a retardado." (Trecho do filme Murderball)
O Rugby em cadeira de rodas é uma modalidade para pessoas com deficiência física, no caso para lesados medulares Tetra ou outra deficiência que tenha comprometimento em membros superiores e é modalidade Paraolímpica.
Provavelmente muitos atletas paraolímpicos já devem ter passado por situação parecida, não é? Mas não podemos culpar essas pessoas que fazem essas perguntas ou esses comentários, pois são poucos aqueles que são da área de adaptada ou que vivenciam com pessoas com deficiência e sabem a diferença entre Paraolimpíadas e Olimpíadas Especiais.
E já ouviu falar sobre Jogos do Silêncio? É isso ai, além das Paraolimpíadas e Olimpíadas Especiais existe também os Jogos dos Silêncio.
Vamos explicar a diferença entre eles:

JOGOS DO SILÊNCIO que tem seu nome original Deaflympics, ocorre de 4 em 4 anos, igualmente as Olimpíadas e as Paraolimpíadas, mas em anos ímpares (a próxima em Atenas 2013) e todos seus atletas devem ser surdos, isso mesmo, O Jogos do Silêncio são para as pessoas com surdez. O mais impressionante disso tudo é saber que esses jogos foram os primeiros dentre os 3, tendo sua primeira edição em Paris em 1924 com a presença de 9 países com 148 atletas disputando as seguintes modalidades: Atletismo, Ciclismo de Estrada, Mergulho, Futebol, Tiro, Natação e Tênis de Campo. Na próxima edição em Atenas (31 de julho à 13 de agosto de 2013) serão 16 modalidades como: Atletismo, Basquetebol, Vôlei de Praia, Boliche, Ciclismo, Futebol, Judô, Tiro, Natação, Tênis de Mesa, Tênis de Campo, Vôlei entre outras.
O indivíduo para participar desses jogos deve ter uma perda auditiva de 55dB no melhor ouvido e ser filiado a CBDS - Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos.


OLIMPÍADAS ESPECIAIS, como era chamada inicialmente no Brasil, que chama-se agora Special Olympics Brasil e é filiada a Special Olympics que fica nos Estados Unidos, que iniciaram suas atividades em 1968 pela Fundação Joseph P. Kennedy Jr.
A Special Olympics é destinada a pessoas com deficiência intelectual com idade superior à 8 anos, porém as crianças de 5 à 7 anos podem participar do programa de treinamento. O evento também é de 4 em 4 anos, mas existem atividades anuais com competições adicionais para os participantes avançarem níveis que os possibilitam participar da Special Olympics.
"Esses eventos têm todo o entusiasmo e pompa das Olimpíadas - incluindo o desfile de atletas, o acendimento da tocha, a declaração de abertura e juramento dos atletas olímpicos especiais. Além de mostrar suas habilidades, esses atletas muitas vezes têm a oportunidade de conhecer celebridades e líderes da comunidade local, experimentar novas atividades de esporte e recreação por meio de uma série de clínicas, ter a experiência de passar uma noite fora de casa, junto com amigos, e desenvolver as habilidades físicas e sociais(...)" Winnick, 2004
Sendo assim podemos perceber que tem uma característica mais festiva, como um acampamento de férias, mas com objetivos de práticas esportivas.
Tem competição? Tem, tem sim. Mas o grande foco não é vencer, e sim participar, tanto que o lema da Special Olympics é "Deixe-me ganhar. Mas se não posso ganhar, deixe-me ser corajoso na tentativa".
Entre algumas das modalidades temos: Atividades Aquáticas, Atletismo, Bocha, Boliche, Ciclismo, Patinação, Equitação, Futebol, Golf, Ginástica Artística, Handebol, Judô, Tênis de Mesa, Vôlei entre outras mais.


PARAOLIMPÍADA provavelmente deve ser o evento esportivo para pessoas com deficiência mais conhecido. A questão é: Você sabe quem são os participantes?
Antes de responder essa questão de forma direta, vou acrescetar outra questão a essa: Você sabe o que significa o termo PARA antes de Olimpíada?
Bem, tudo começou depois da Segunda Grande Guerra Mundial (1945) na cidade de Stoke Mandeville - Inglaterra com o Neurocirurgião Dr. Guttman, que para motivar os soldados mutilados da guerra iniciou um trabalho com atividades esportivas, no qual deu resultados excelentes, tanto que em 1952 foi realizado os I Jogos Internacionais de Stoke Mandeville. Em 1960 Dr. Guttman foi convidado a realizar esses jogos na cidade que realizaria a Olimpíada (Roma), precisando então de um nome para esse evento. Foi então que uma paciente do Hospital Stoke Mandeville, Alice Hunter, Paraplégica, sugeriu o termo Paraolimpiadas ao Comitê Olímpico Internacional que foi aprovado. Até o momento só participavam dos jogos pessoas com lesão medular, sendo assim esse termo estava diretamente ligado a PARAplégicos o que mudou com o tempo, pois entraram em cena as pessoas com sequela de poliomielite, amputados e mais tarde as pessoas com deficiência visual. Como a Paraolimpíada ocorre desde 1988 no mesmo país sede das Olimpíadas e algumas semanas depois, o termo PARA esta relacionado a PARAlelo aos Jogos olímpicos (Freitas e Cidade, 2002; Gorgatti e Costa, 2005; Diehl, 2006).
Uma situação importante de ressaltar é que os atletas, por uma questão de equilíbrio competitivo, competem somente com pessoas com as mesmas capacidade motoras, passando por uma CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL e cada classificação é específica de cada modalidade (deficientes físicos), e os atletas com deficiência visual passam pela CLASSIFICAÇÃO VISUAL, que os agrupam por seus resíduos visuais, sendo uma classificação geral para todas as modalidades.
Nas Paraolimpíadas de Londres em 2012, teremos algumas modalidades como: Arco e flecha, Atletismo, Ciclismo e Ciclismo Tandem, Futebol de 5, Futebol de 7, Goalball, Judô, Remo, Vela, Basquete e Rugby em Cadeira de Rodas, Voleibol Paraolímpico, Esgrima entre outras.



Referência Bibliográfica

DIEHL, R.M. "Jogando com as Diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência" Phorte Editora - São Paulo - SP, 2006
FREITAS, P.S. e CIDADE, R.E. "Paraolimpíadas: Revisando a história" Revista do SOBAMA, 2002
GORGATTI, M.G. e COSTA, R.F. "Atividade fisica adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais" Editora Manole - São Paulo - SP, 2005
WINNICK, J.P."Educação física e esportes adaptados" Editora Manole - São Paulo - SP, 2004

domingo, 30 de janeiro de 2011

Bike Tour 2011

Salve salve turma!

No último dia 25, aniversário de São Paulo, ocorreu um grande evento chamado Bike Tour, que nada mais foi do que um passeio ciclístico com mais 7mil pessoas, onde para participar deste, tiveram que fazer sua inscrição na virada do ano através do site. A taxa de inscrição foi de R$180,00 (cento e oitenta reais), um pouco cara não acha? Mas espere, vejam só o que faz parte do Kit. Primeiro a camiseta do evento e um capacete (retirados com antecedência) e no dia do evento uma mochila de hidratação e por fim a bicicleta. É isso mesmo, os participantes levam pra casa a bicicleta (Caloi 21 marchas). Sensacional, não é?

Essa foi a terceira edição do evento, e diferente das anteriores, este ano teve participação de pessoas com deficiência física e visual. O mais sensacional disso tudo é que 40 pessoas com deficiência física e 40 pessoas com deficiência visual GANHARAM suas "bicicletas" (Handbikes e Tandens). Esse fator GANHARAM foi espetacular, pois infelizmente no nosso país as empresas de bicicleta não se preocuparam com esse público (14% da população brasileira). Digo isso por experiência própria, pois em 2001 desenvolvi um projeto pioneiro de ciclismo para pessoas com deficiência visual pela ADD - Associação Desportiva para Deficientes. O nosso primeiro e maior desafio foi justamente adquirir uma bicicleta Tandem (de dois lugares) que tivemos que importar.
Anos se passaram e conseguimos um grande apoio do SENAI que desenvolveu todo o projeto de uma bicicleta Tandem nacional, que era só o fabricante pegar aquele projeto e desenvolver, sem precisar gastar em estudos de projeto. Sabe qual empresa se interessou? NENHUMA, isso mesmo, nenhuma empresa quis investir neste produto.
Outras ONGs também começaram a desenvolver o ciclismo para cegos, mas suas Tandens são aquelas que juntamos dois quadros velhos, o que deixa a bicicleta totalmente insegura. Mas fazer o que? Uma Tandem importada custa mais de 3mil dólares sem contar os impostos, que são abusivos.
Agora, depois de 10 anos podemos dizer que é uma vitória para essa turma que estava desprovida desse hábito tão saudável e prazeroso, que é pedalar. Muitos nunca tinham vivenciado essa experiência, ou que depois da mudança de condição, imaginavam nunca mais poder andar de bicicleta, vem um grupo de portugueses, fazem um evento no dia do aniversário de São Paulo e trazem de fora do país 40 Handcycling e 40 Tandens. Mas galera que ganhou essas bikes... Não deixe mofando na garagem ou num canto qualquer... Vamos pras ruas... Vamos pedalar por ai e mostrar que também somos ciclistas e que somos consumidores.

Grande abraço e bons pedais.

Mateus Nascimento

Foto 1: Juliana Cardilli/G1
Foto 2: ADD - Assoc. Desp. para Def.